terça-feira, 1 de dezembro de 2015

APRESENTAÇÃO DUM LIVRO ÚNICO E DISTINTO, 80 ANOS DEPOIS DA MORTE DO POETA

Todos os admiradores de Pessoa assinalaram o 80º aniversário da morte do grande Poeta, no passado dia 30.
A maneira que encontrámos para o fazer foi, justamente, lançando o primeiro livro sobre a sua vida exclusivamente em Banda Desenhada.
Com a apresentação de Rui Tavares e Ricardo Belo de Morais, teve lugar na Almedina do Saldanha, a apresentação do livro de Miguel Moreira e Catarina Verdier.
Agradecemos aos apresentadores as palavras generosas, amigas e incentivadoras. 
Em breve, disponibilizaremos o link para a cobertura da Antena1.
O livro está à venda nas Fnacs, Betrands, Almedinas, Bulhosas e mais de 150 livrarias espalhadas pelo país.




domingo, 15 de novembro de 2015

CONVITE PARA A APRESENTAÇÃO DO LIVRO NA ALMEDINA DO SALDANHA - Nova atualização

É com muito prazer que convidamos todos os Pessoanos para a apresentação do livro “As aventuras de Fernando Pessoa, um escritor universal...”, de Miguel Moreira e Catarina Verdier, agendada para o próximo dia 26, às 18:30 horas, na Livraria Almedina do Saldanha, a quem agradecemos a hospitalidade.
O primeiro livro totalmente em Banda Desenhada sobre a vida do Poeta, é um projecto de aproximadamente 10 anos e tem um cuidado acabamento gráfico,  o que o torna um objecto único e valioso.
Para além dos Autores, estarão presentes Ricardo Belo de Morais e Rui Tavares, que farão a apresentação da obra.
Esta será uma excelente oportunidade para conhecer o livro e para contactar os Autores (os quais estarão disponíveis para autografar o livro).








quarta-feira, 11 de novembro de 2015

FERNANDO PESSOA EM BANDA DESENHADA, A PARTIR DO DIA 15 NAS LIVRARIAS

Depois de ter publicado a Mensagem, em 1934,  a Parceria A. M. Pereira “continua a animar as publicações pessoanas, após mais de 80 anos", para aproveitar as palavras do ilustre Professor Jerónimo Pizarro.
É com imenso prazer e, perdoarão, algum orgulho que levamos a todos os pessoanos "As aventuras de Fernando Pessoa", em Banda Desenhada, da autoria de Miguel Moreira e com a colaboração de Catarina Verdier.
O livro, de grandes dimensões e com excelente acabamento gráfico, chegará às principais livrarias a partir do próximo dia 15, incluindo as FNACs, as Bertrands, os El Corte Inglés, as Bulhosas e mais 150 livreiros independentes espalhados por todo o país.
A partir de agora poderemos descobrir outras facetas de Fernando Pessoa e ver o Poeta como nunca antes foi mostrado, em momentos que nunca antes vimos, com diálogos que nunca ouvimos e percorrendo ruas e locais onde o Poeta nunca foi fotografado.
Em resumo e recorrendo, de novo, à ajuda de Jerónimo Pizarro, “Miguel e Catarina conseguiram transformar a vida de Pessoa numa aventura, através de um texto bem informado e de uns desenhos sóbrios, com momentos de uma elegância inegável”. 

.

sábado, 24 de outubro de 2015

DOIS JOVENS NOTÁVEIS

Confesso que não conheço muitos jovens que se dediquem à criação duma obra durante aproximadamente 10 anos. Requer certamente muita perseverança mas é disto que se fazem os sonhos.
O Miguel Moreira é licenciado em artes plásticas pela Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha e "dedicou-se desde então a conhecer Fernando Pessoa e a sua obra com o propósito de realizar uma banda-desenhada sobre esse desconcertante artista e pensador, ou, melhor dizendo, dedicou-se desde então a realizar uma banda-desenhada sobre a vida e a obra de Fernando Pessoa com o propósito de conhecer (e dar a conhecer) esse desconcertante artista e pensador"
A Catarina Verdier frequentou a Escola Secundária de Ensino Artístico António Arroio, em Lisboa, de 1994 a 1997. Realizou os seus estudos universitários na Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha entre 1997 e 2003 e colaborou na realização da biografia de Fernando Pessoa em banda-desenhada,como Colorista durante o período de 2004 a 2014.
É, por isso, uma honra editá-los na sua primeira obra e dar a todos os Pessoanos uma obra diferente sobre o grande Poeta.


  

terça-feira, 20 de outubro de 2015

NOTAS DE LEITURA DE JERÓNIMO PIZARRO


Jerónimo Pizarro é Professor da Universidad de los Andes, Titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e Doutor pelas Universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Linguística Portuguesa. 
Banda Desenhada sobre a vida de Fernando Pessoa, mereceu a este ilustre Pessoano uma avaliação muito positiva e encorajadora.
Diz o Professor e Ensaísta que  «... este é um Pessoa que se reconhece e se descobre. Há um poeta byroniano, mas também um menino que faz cócegas à Teca; há um aluno estrangeirado, mas também um adolescente que colecciona selos; há um empregado da Baixa, mas também um jovem que começa a fumar e percebe que precisa de usar óculos... Descobre-se, porque enquanto Miguel sonha Pessoa, retrata-o e revela espaços, a que a Catarina dá cor, vemos momentos que nunca vimos, lemos diálogos que nunca ouvimos, percorremos ruas onde Pessoa não se fotografou. Gosto, por exemplo, do momento em que Sá-Carneiro exclama «viva o paulismo»; em que Ferro diz que Caeiro deve ser um lepidóptero; em que Pessoa se esconde no mercado da Praça da Figueira para escapar a uma sova monumental».
Acrescenta ainda Jerónimo Pizzaro que «Miguel e Catarina conseguiram transformar a vida de Pessoa numa aventura, através de um texto bem informado e de uns desenhos sóbrios, com momentos de uma elegância inegável. Adoro esse Pessoa silencioso, simplesmente a caminhar, a ler, a pensar, a observar, que atravessa o livro em muitas páginas».





domingo, 18 de outubro de 2015

FERNANDO PESSOA, COMO NUNCA O VIU

A Parceria A. M. Pereira editou Fernando Pessoa em 1934.
A Mensagem foi, aliás, o único livro editado em vida do Poeta.
É, por isso, com emoção que anunciamos a publicação, em breve, do primeiro livro sobre Fernando Pessoa exclusivamente em Banda Desenhada.
Trata-se duma novidade para muitos Pessoanos e o corolário da dedicação de mais de 10 anos de esforço dos Autores, sobre quem falaremos brevemente.
Claramente, o Miguel e a Catarina são a prova viva da conhecida estrofe inicial do poema da Mensagem sobre o "O Infante":
«Deus quer, o homem sonha e a obra nasce».











domingo, 30 de agosto de 2015

ROTEIRO DA LISBOA DE EÇA DE QUEIROZ VISTO PELOS OUTROS


A Fundação Manuel Simões é o exemplo vivo do que deve ser uma fundação.
Iniciativa de Manuel Simões, que em meados da década de 1940 abriu a Discoteca do Carmo, no Chiado, dedica-se à defesa do património cultural e a ajudar quem mais precisa.
Aqui vos deixo a recensão ao nosso Roteiro no seu blog, que muito nos satisfaz.

O “Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e seus arredores”, revisto e aumentado, de autoria de A. Campos Matos, revela a geografia literária dos romances do autor d’”Os Maias”.
“A importância desta geografia literária resulta eminentemente de uma arte narrativa levada ao extremo apuro, o que torna muito insinuantes percursos pedonais que hoje podemos fazer na Lisboa queirosiana que esta obra elucidará”, escreve o investigador, no prólogo.
Surge assim, entre outras, a indicação, por parte de Campos Matos, do solar dos Maias na rua 1.º de Maio, frente à Carris, a Santo Amaro, o Casino Lisbonense, no atual largo Rafael Bordalo Pinheiro, a rua do Carvalho, no Bairro Alto - atualmente, rua Luz Soriano -, onde se localiza a residência do poeta romântico Tomás de Alencar, personagem d’”Os Maias”.
Campos Matos, estudioso da obra de Eça de Queiroz, acompanha algumas das descrições dos lugares com fotos, algumas de época. Podemos assim observar a fachada do café Áurea Peninsular, na rua do Ouro, atualmente nos n.ºs 183-185, que está relacionado com o médico Julião Zuzarte, do romance “O primo Basílio”, “personagem irreverente, ressabiada com tudo e todos, azedo e hostil, por se sentir falhado”, escreve Campos Matos. Há outros cafés citados, designadamente o Martinho, no atual largo D. João da Câmara, junto à Estação do Rossio, e o Montanha, na rua dos Sapateiros.
O cemitério dos Prazeres, construído em 1833, é outras das referências, cenário escolhido para Maria Eduarda, d’”Os Maias”, visitar a campa do avô, mas também onde Vítor visita a sepultura de Genoveva, em "A tragédia da rua das Flores”.
Além desta rua, entre o Cais do Sodré e a praça Camões, são várias as artérias da capital referenciadas pelo investigador, assim como largos, à semelhança do de Barão de Quintela, arcos, referindo o demolido arco de S. Bento (reconstruído entretanto na praça de Espanha), praças, muito especialmente a do Rossio, a primeira que o escritor conheceu quando regressou dos estudos em Coimbra, onde viviam os seus pais, em particular o 4.º piso do edifício onde hoje está instalado o Café Nicola.
O "Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e seus arredores", publicado pela Parceria A.M. Pereira, inclui ainda, entre outros, o cemitério do Alto de S. João, o Circo Price, demolido com o prolongamento da avenida da Liberdade, que foi rasgada passando por cima do antigo Passeio Público, que Eça refere em várias obras, a calçada do Combro, a então rua de S. Francisco, atual rua Ivens, o Jardim da Estrela e o das Amoreiras.
Além da capital, A. Campos Matos refere também a geografia dos arredores, nomeadamente a “Porcalhota” (atual Amadora), Cascais, Sintra, com destaque para o paço real e o Hotel Lawrence, e Colares.
Cascais justifica-se “como lugar biográfico de muita significativa expressão”; Colares, muito representativo d'“O primo Basílio”; Sintra, onde decorreram episódios d’”Os Maias” e d’”A tragédia da rua das Flores”; a Porcalhota também é citada n’”Os Maias”, povoação onde Carlos da Maia e o maestro Cruges comem um coelho guisado, durante um passeio de “break”.
O Roteiro faz ainda uma referência ao Círculo Eça de Queiroz, em frente ao ex-Casino Lisbonense, fundado em 1940 por António Ferro, então diretor do Secretariado de Propaganda Nacional.
Campos Matos inclui cinco mapas: um do passeio de Luísa com o conselheiro Acácio, personagens d’”O primo Basílio”; outro de um percurso do largo do Calhariz aos Restauradores, passando pelo Chiado; um outro do Cais do Sodré ao Rossio, passando pelo Terreiro do Paço; uma planta geral da cidade oitocentista, com a sinalização de todos os locais referenciados; e ainda dos locais referenciados na vila de Sintra, nos arredores da capital.
Arquiteto e urbanista por formação académica, Campos Matos tem estudado sistematicamente a obra do autor d’”A cidade e as serras”, desde 1976, quando publicou o livro “Imagens do Portugal Queiroziano”, cuja terceira edição saiu em 2004. 
Entre outras obras, publicou, em 1995, as cartas inéditas entre José Maria d’Eça de Queiroz e sua mulher, Emília de Castro Pamplona, filha dos condes de Resende.




quinta-feira, 27 de agosto de 2015

DESENHO DE FERNANDO PESSOA POR SIMONETTA CAPECCHI

A Arquiteta italiana Simonetta Capecchi é a Autora do desenho de Fernando Pessoa que ilustra o 3º volume da Coleção Pessoana.
A Autora tem uma grande admiração pelo Poeta e ilustrou uma edição fac-similada da Mensagem, durante uma visita a Portugal em 2011.
Aqui fica a ilustração que abre o 3º volume, que chegará às livrarias em 23 de Setembro.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

VOLUME 3 DA COLECÇÃO PESSOANA NAS LIVRARIAS DIA 23 DE SETEMBRO

É com muito prazer que informamos que o volume 3 da nossa Colecção Pesssoana chegará às livrarias no dia 23 de Setembro.
Quadras, mostra Fernando Pessoa enquanto poeta popular, reinventando o mais simples dos formatos poéticos com a mestria que lhe é reconhecida, usando-o para tocar temas muitas das vezes ausentes de maneira tão explícita no resto da sua obra, como o humor ou o universo feminino.
Já em 1914, Pessoa escreve um breve testemunho para o livro de quadras de António Ferro e Augusto Cunha intitulado Missal de Trovas, onde diz o seguinte:
"A quadra é o vaso de flores que o Povo põe à janela da sua Alma. Da órbita triste do vaso obscuro a graça exilada das flores atreve o seu olhar de alegria. Quem faz quadras portuguesas comunga a alma do Povo, humildemente de nós todos e errante dentro de si própria. Os autores deste livro realizaram as suas quadras com destreza lusitana e fidelidade ao instinto e desatado da alma popular.
Elogiá-los mais seria elogiá-los menos".
Como salienta Nuno Hipólito, Pessoa vai escrever a maioria das suas quadras não no seu período saudosista, mas sim entre 1934 e 1935, ou seja, nos últimos dois anos de vida.
Só no dia 11 de Julho de 1934, escreveu 56 quadras!
Aqui deixo a primeira quadra escrita por Fernando Pessoa, com 7 anos e dedicada à sua Mãe e que se pode ler na lápide da casa da Rua de São Marçal onde o Poeta viveu:

À minha querida mamã

Ó terras de Portugal
Ó terras onde eu nasci
Por muito que goste delas
Ainda gosto mais de ti

26-7-1895


sexta-feira, 31 de julho de 2015

CONTOS PHANTASTICOS

Não estranhem a grafia do título. 
Vou falar-vos hoje dum livro editado pela Parceria A M Pereira no século XIX.
Theophilo Braga (era assim que se escrevia ao tempo), publicou os seus contos inicialmente no Jornal do Commercio (assim mesmo se escrevia na época). Mais tarde (1865) foram reunidos num volume com cuja publicação, lamenta o autor, "achei-me cercado de ódios".
Anos volvidos, refere o Autor "Uma carta do meu bom amigo António Maria Pereira surprehendeu-me, manifestando o desejo de fazer uma nova edição d'estes Contos".
Logo acrescenta o autor no prefácio da segunda edição de 1894: "Como recusar-me a uma tão honrosa proposta?".
Aqui vemos como a coragem do Editor e a grandeza de ânimo do Autor (que haveria de ser Presidente da República), se congregam para a publicação duma obra incómoda, incompreendida e todavia tão relevante.
Note-se, por outro lado, como a Língua Portuguesa, como grande Língua viva, evoluiu na sua grafia e atentem os contemporâneos como esta evolução é condição natural e necessária à sua sobrevivência.





domingo, 12 de julho de 2015

É PRECISO AVISAR TODA A GENTE

A Parceria A. M. Pereira tomou a louvável iniciativa de publicar, na década passada, um conjunto de livros com textos de Natália Correia.
São três volumes de textos escritos ao longo de 35 anos e que deste modo se disponibilizaram aos leitores em geral e aos admiradores da Poetisa e mulher de cultura em particular.
A escritora açoriana questiona o seu tempo, toma posição, mostra coragem e frontalidade e isso é tão notável como raro.
Nestes textos, Natália Correia escreve sobre Portugal e e os Portugueses, com a sua lucidez e argúcia e interpela-nos sem piedade.
Uma prosa desafiante e sempre atual, como o belo texto que dá o título a esta entrada de que cito um pequeno excerto: "É preciso avisar. Avisar o público contra os salteadores da prosa que, agachados nas moitas de certos suplementos literários(não sei se todos) saltam sobre a prosa alheia que querem depradar, reduzindo-a, com a ajuda da tesoura, ao texto que melhor se afeiçoa aos rancores que burilam em pateada crítica".






O 4º ANTÓNIO MARIA PEREIRA

Como certamente saberão, a Parceria António Maria Pereira foi fundada em 1848 pelo 1º António Maria Pereira
A história da Parceria, desde a fundação no século XIX, mereceu o registo precioso, delicado e sentido de Antónia Maria Pereira, uma descendente do fundador, no livro em boa hora editado pelo meu Amigo Carlos Pina Cabral "Parceria A. M. Pereira: Crónica duma dinastia livreira".
No final de 2013, Antónia Maria Pereira completou um outro livro, desta vez sobre o seu irmão, o 4º António Maria Pereira
Ato de justiça e reconhecimento, traça a biografia do mui ilustre advogado e humanista, num registo surpreendente daquela que foi uma figura marcante da segunda metade do século XX em Portugal.
Este livro constitui uma leitura imprescindível para conhecer esta personalidade marcante e ímpar.


  

quarta-feira, 8 de julho de 2015

UMA HISTÓRIA NOTÁVEL DA FEIRA DO LIVRO

Ninguém tem dúvidas que um excelente Professor nos marca para a vida. 
Muitos de nós recordamos com saudade um Professor que nos abriu os horizontes, que foi capaz de nos levar a ultrapassar barreiras ou que nos ajudou a descobrir um autor que ficará uma referência para toda a vida.
Vem esta introdução a propósito da sessão de autógrafos que o meu Amigo Arquiteto A. Campos Matos acedeu fazer na Feira do Livro de Lisboa deste ano, uma honra enorme, já que foi uma estreia absoluta.
Uma das leitoras que comprou vários livros livros para autografar deu-nos conta que uma parte deles se destinavam a ser oferecidos à sua antiga Professora de Português, atualmente com 94 anos e com com quem aprendeu a admirar Eça de Queiroz.
Um gesto extraordinário e dum grande humanismo, infelizmente tão raro nos dias de hoje.



terça-feira, 7 de julho de 2015

A LISBOA DE EÇA, PELA MÃO DE A. CAMPOS MATOS

É com enorme satisfação que vemos a 2ª edição do "Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e seus arredores" chegar às mãos dos leitores queirozianos.
O livro tem merecido destaque nas principais livrarias (na foto, Livraria Bertrand do Chiado).
Para além da utilidade inegável para quem aprecia Eça e quer saber mais sobre as variadas referências a Lisboa na sua obra, o livro regista para as próximas gerações muita informação que, de outro modo, se perderia.
Apenas a título de exemplo, quantos saberão que a sova com que Carlos da Maia mimoseia o Eusebiozinho no Largo da Abegoaria é o atual Largo Rafael Bordalo Pinheiro?




sexta-feira, 29 de maio de 2015

NOVA EDIÇÃO DA MENSAGEM FAC-SIMILADA

Como todos sabem, a "Mensagem" foi a única obra em Português editada em vida por Fernando Pessoa. A Parceria A. M. Pereira teve o privilégio de o editar em 1934. Foi com esta edição que concorreu, em 1935, ao Prémio do Secretariado de Propaganda Nacional, dirigido por António Ferro.
Como salienta Nuno Hipólito na introdução do seu ensaio "As mensagens da Mensagem", «...o que o Poeta chama «um pequeno livro de poemas» esconde toda a sua ambição de mudança para o País, então a viver um período de grave conturbação política e, pior ainda, uma acentuada crise de identidade».
Reconhecido ao Editor António Maria Pereira, escreveu-lhe uma dedicatória no volume que agora serve de base à reedição. 
A reedição é fiel ao original, com acabamento de muita qualidade, com os cadernos cosidos e colados à lombada.
Um livro verdadeiramente imprescindível na biblioteca de qualquer Português.
Poderá encontrá-lo na Feira do Livro e nas livrarias de todo o País, a partir de 3 de Junho próximo.





quinta-feira, 28 de maio de 2015

NUNO HIPÓLITO NA FEIRA DO LIVRO

Temos o grato prazer de informar a presença do Autor Nuno Hipólito na Feira do Livro de Lisboa nos dia 7 e 14 de Junho, entre as 15:30 e as 18:30 horas.
O Autor autografará as suas obras recentemente editadas pela Parceria A. M. Pereira: "As mensagens da Mensagem" e os 2 volumes da novel "Colecção Pessoana", já com os primeiros 2 volumes nas livrarias.
Esta será uma excelente oportunidade de trocar impressões com o autor, saber novidades sobre próximos volumes da "Colecção Pessoana" e autografar as obras em apreço.





quarta-feira, 27 de maio de 2015

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS DE A. CAMPOS MATOS

O encontro dos Leitores com os Autores é, sempre, um momento de grande emoção e uma oportunidade única para troca de impressões sobre os livros que lemos e que mais apreciamos.
A Parceria A. M. Pereira tem o grato prazer de informar que o Arquitecto A. Campos Matos, um dos mais ilustres queirozianos, estará na Feira do Livro de Lisboa no próximo dia 6 de Junho, das 15:30 às 18:30 horas para autografar o seu novíssimo "Guia da Lisboa de Eça de Queiroz e seus arredores", agora em revista e ampliada segunda edição.
Esta será a primeira vez que o Autor, com tantos e devotados admiradores, estará presente na Feira do Livro, o que muito nos honra. 
Uma oportunidade a não perder!





domingo, 24 de maio de 2015

85ª FEIRA DO LIVRO DE LISBOA

Os Livros está de volta ao Parque Eduardo VII!
Arranca na próxima quinta-feira a 85ª Feira do Livro de Lisboa.
A Parceria A. M. Pereira estará presente no Pavilhão B31, do lado esquerdo, quando se sobe do Marquês.
Recordo a este propósito a inauguração da 1ª Feira do Livro de Lisboa, em 1930, no Rossio.


Feira do Livro de Lisboa



domingo, 10 de maio de 2015

SEGUNDO VOLUME DA COLECÇÃO PESSOANA CHEGA DIA 18

Este volume é o segundo da Colecção Pessoana da Parceria A. M. Pereira que reúne, em formato livro de bolso, a mais moderna tentativa de aproximação ao que seria a obra completa de Fernando Pessoa, seguindo um critério editorial simples e acessível. 
Organizada em volumes temáticos e com publicação trimestral, pretende apresentar ao leitor a mais vasta selecção de textos de Pessoa, num formato simultaneamente rigoroso e facilmente manuseável. A organização, comentários e notas desta Colecção estão a cargo de Nuno Hipólito, investigador pessoano, autor da obra “As Mensagens da Mensagem”, editada também pela Parceria A. M. Pereira e desde Dezembro último nos escaparates das nossas livrarias.
Cadernos, Diários e Escrita Automática” reúne os mais importantes textos biográficos e confessionais do poeta. Desde a época da sua partida para a África do Sul, passando pela descoberta e uso pleno da língua portuguesa, até à luta eterna com a incapacidade de pertencer e ser feliz. Este volume oferece-nos uma visão íntima e reveladora de uma alma e obra geniais e é enriquecido com um desenho original do Arquitecto Fernando Gabriel.
O volume 3 da Colecção, no prelo, Quadras, mostrará Fernando Pessoa enquanto poeta popular, reinventando o mais simples dos formatos poéticos com a mestria que lhe é reconhecida, usando-o para tocar temas muitas das vezes ausentes de maneira tão explícita no resto da sua obra, como o humor ou o universo feminino.


terça-feira, 5 de maio de 2015

UM ROTEIRO DA LISBOA DO EÇA

O Arquitecto A. Campos Matos, muito ilustre queiroziano, elaborou um precioso "Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e seus arredores", agora em 2.ª edição revista e aumentada, sobre os mais eminentes locais de Lisboa e arredores presentes na obra de Eça de Queiroz
O significado desta geografia onde se movem as suas personagens é aqui escalpelizado, sendo convocados os edifícios, ruas, travessas, largos, jardins, cemitérios e paisagens urbanas, em excertos de textos cuidadosamente referenciados e ilustrados.
Este livro destina-se não só aos muitos admiradores de Eça, – que assim entendem melhor a transfiguração que se opera entre a realidade dos lugares e a respectiva transposição literária, – mas também a todos os que amam a beleza estética ímpar de Lisboa.
É um privilégio editar, novamente, A. Campos Matos e esta 2.ª edição revista e aumentada , muito cuidada, é trazida aos admiradores de Eça em papel couché de 115grs, com os cadernos cosidos e colados à lombada e chegará às principais livrarias do País no próximo dia 18 de Maio.


sábado, 25 de abril de 2015

POR QUEM OS SINOS DOBRAM

Ninguém pode ficar indiferente à tragédia dos que morrem no Mediterrâneo, numa tentativa desesperada de chegar ao futuro.
A poesia de Américo Brás Carlos, além de bela e emotiva, toma partido e não se resigna.
Ao ver as imagens dos últimos dias, lembrei-me do livro "As flores brancas do frangipani" e do primeiro de seis poemas que dedica a este drama humano intitulado "A vergonha das noites de Tarifa e Lampedusa" que aqui vos deixo:

Quando viste as minhas lágrimas
nas praias de Tarifa,
eram também por Lampedusa e pelas outras praias do mar de Ulisses,
onde chegam corpos como se fosse natural.

Perguntaste: - É a alma que te dói?
E eu ainda não sei bem dizer-te.
- Doem-me a humanidade, a compreensão
e tudo o mais em que verdadeiramente assento.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O VOLUME 2 DA PESSOANA CHEGARÁ EM MAIO

O volume 2 da Colecção Pessoana, dirigida por Nuno Hipólito, chegará às livrarias em 20 de Maio. Por razões óbvias estará, igualmente, na Feira do Livro de Lisboa.
Este segundo volume intitula-se "Cadernos, Diários e Escrita Automática" e será uma obra muito interessante para todos os admiradores de Fernando Pessoa.
Acresce que neste volume incluiremos um desenho inédito (ver imagem infra) do meu Amigo Arquitecto Fernando Gabriel, que muito enriquece a edição.
Pela generosidade, aqui lhe deixo um abraço de amizade e reconhecimento.



sábado, 18 de abril de 2015

CARTA DE CAMILO A ANTÓNIO MARIA PEREIRA

Já aqui nos referimos a Camilo como um Autor da casa. De facto, não só a Parceria editou muitas obras de Camilo como António Maria Pereira ajudou generosamente o Autor. 
Camilo teve uma vida muito atribulada e enfrentou provações a todos os níveis, incluindo o financeiro. O Editor adiantou, a pedido, pagamentos de direitos de autor para Camilo fazer face às suas dificuldades financeiras. 
Camilo, um dos maiores romancistas portugueses, escreveu a seguinte nota ao seu Editor em 17 de Outubro de 1889:

Meu amigo,
Se por lá tiver trinta mil réis inúteis, mande-mos e se não mandar, creia que por cá facilmente me remedeio.
Seu amigo obrigado,
Camilo Castelo Branco



segunda-feira, 13 de abril de 2015

A COLECÇÃO PESSOANA, VISTA PELO SEU MENTOR

Após a segunda e bem sucedida edição do seu livro "As mensagens da Mensagem", o meu Amigo Nuno Hipólito concedeu-me o privilégio de organizar e dirigir a Colecção Pessoana da Parceria A. M. Pereira.
Como ele refere no seu muito cuidado e excelente blog (ligação infra) dedicado a Fernando Pessoa, faz todo o sentido haver uma Colecção Pessoana na única editora que publicou Fernando Pessoa em vida: justamente a conhecida "Mensagem", em 1934 (completaram-se 80 anos sobre a dita edição no ano passado).
Mas para quem queira saber um pouco mais sobre o nascimento deste projecto da Colecção Pessoana, aqui fica a ligação para o blog Um Fernando Pessoa.




sábado, 11 de abril de 2015

PELA INVICTA

Estive na Invicta cidade nos últimos dois dias e aproveitei para passear pelas suas encantadoras ruas.
Fiquei muito satisfeito quando encontrei numa das suas livrarias, lado a lado, os dois livros de António José Forte: "Uma faca nos dentes" e "Uma rosa na tromba de um elefante".
Resgatei, num dos melhores alfarrabistas da Cidade, um livro editado pela Parceria em 1864, mas disso falarei em breve.
Pode-se lá não gostar da cidade do Porto???





sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

POLÉMICA EÇA DE QUEIROZ - PINHEIRO CHAGAS

A Coleção "Polémicas em Português" iniciou-se com o livro em epígrafe.
A polémica entre estes dois grandes vultos da letras portuguesas tem a particularidade de se ter travado entre 2 autores editados pela Parceria.
Eça teve contactos estreitos com o 1º António Maria Pereira que lhe editou a obra, feita em colaboração com Ramalho Ortigão, "O mistério da Estrada de Sintra" e, também, com o 2º António Maria Pereira, considerado o maior editor português do século XIX, pois colaborou na revista «Branco e Negro», dirigiu o "Almanaque Enciclopédico" e delineou projetos que a morte prematura do Editor não permitiu concretizar.
Por outro lado, Pinheiro Chagas, foi um autêntico «escritor da casa", desde o tempo do 1º António Maria Pereira, com a publicação de Poema da Mocidade que despoletou outra famosa polémica: Bom senso e bom gosto.
Foi ainda autor de várias obras incluídas na Coleção António Maria Pereira.
Esta obra do reconhecido queiroziano A. Campos Matos que transcreve as cartas ente Eça e Chagas, conta com magnificas ilustrações de António.




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

COLECÇÃO PESSOANA - VOLUME 1, DIA 18 NAS LIVRARIAS

A Colecção Pessoana da Parceria A. M. Pereira reúne, em formato livro de bolso, a mais moderna tentativa de aproximação ao que seria a obra completa de Fernando Pessoa, seguindo um critério editorial simples e acessível.
Organizada em volumes temáticos e com publicação trimestral, pretende apresentar ao leitor a mais vasta selecção de textos de Pessoa, num formato simultaneamente rigoroso e facilmente manuseável. 
A organização, comentários e notas desta Colecção estão a cargo de Nuno Hipólito, investigador pessoano e autor da obra “As Mensagens da Mensagem”, também editada pela Parceria A. M. Pereira.
A Parceria A. M. Pereira, fundada em 1848, é a mais antiga casa editora portuguesa, tendo sido escolhida por Pessoa em 1934, para a publicação do seu único livro lançado em vida em português – Mensagem.
O presente volume, Pensamentos e Citações dá acesso simples e directo à visão do mundo de Fernando Pessoa através das suas reflexões sobre os mais diversos temas, desde os mais superficiais aos mais profundos. 
Uma compilação sem paralelo, abarcando três línguas e mais de 40 anos de escrita por um pensador que, através da sua enorme curiosidade e erudição, nos oferece inspirações únicas para o dia-a-dia.



terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ROTEIRO DA LISBOA DE EÇA, NOVA EDIÇÃO NO PRELO

Já aqui confessei a minha enorme admiração pelo labor e dedicação do meu amigo Arquiteto A. Campos Matos ao grande Eça de Queiroz.
Estou mesmo certo que já fez mais pela cultura portuguesa do que muitos Ministros e Secretários de Estado da Cultura!
Uma das obras que editou com a Parceria foi o «Roteiro da Lisboa de Eça de Queiroz e seus arredores», praticamente esgotada.
Esta obra, imprescindível para todos os queirozianos e lisboetas, que nos permite saber o nome atual de antigas ruas lisboetas mencionadas nas suas obras, vai ter uma segunda edição, revista, ampliada e melhorada antes da próxima Feira do Livro.
Neste interessantíssimo livro, poderá ficar a saber que Eça viveu no nº 26 do Rossio quando chegou de Coimbra, em 1866, com o seu curso de Bacharel em Direito e aí recebeu, em 1898, uma muito merecida ovação do cortejo de 30.000 pessoas que desfilou na comemoração do centenário da chegada de Vasco da Gama à Índia e que o reconheceu na varanda de sua casa.
Como diz o Autor no prefácio, "Eça transfigurou a cidade, ao recriá-la, tal como aconteceu com a Dublin de Joyce, a Londres de Dickens e a Paris de Balzac ou Proust".
Como afirmou Ramalho Ortigão em 1903, na inauguração da famosa estátua do Largo do Barão de Quintela: "Lisboa foi desde então o seu laboratório de arte, o seu material de estudo... E pela razão de que profundamente se ama tudo o que profundamente se estuda, ele amou profundamente Lisboa, e a pouco e pouco, se tornou ele próprio enraízadamente lisboeta".




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

LIVRO NEGRO DE PADRE DINIS

A Professora Doutora Maria Alzira Seixo prefaciou e o Professor Doutor Sérgio Guimarães de Sousa fixou o texto da cuidada edição da Parceria de mais um volume da Colecção Camiliana.
O livro, escrito por Camilo em 1855, é uma sequência do famoso «Mistérios de Lisboa» de 1853, recentemente adaptado ao cinema com enorme sucesso.
Por esta razão, a prefaciadora incluiu, generosamente, no seu prefácio uma sinopse com o essencial dos ditos «Mistérios de Lisboa».
A vida do Padre Dinis e das personagens que com ele se cruzam, em mutações súbitas levam a Professora Maria Alzira Seixo a qualificar o livro como um romance de aventuras.
Depois de «Memórias do Cárcere» e do «Livro da consolação», aparece este livro a relembrar e reconhecer Camilo como uma dos maiores vultos das nossas letras.
No plano de reedições camilianas, perfila-se agora «Carlota Ângela», há muitos anos indisponível aos admiradores do grande escritor, nascido, lembre-se, em Lisboa em 1825.





sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

UMA FACA NOS DENTES

António José Forte é uma das mais belas, inquietantes e poderosas vozes da poesia portuguesa do século XX.
Diz Herberto Helder no prefácio do livro «Uma faca nos dentes»: «A voz de Forte não é plural, não é directa ou sinuosamente derivada, não é devedora. Como toda a poesia, verdadeira, possui apenas a sua tradição, no caso a tradição romântica no menos estrito e mais expansivo e qualificado registo, uma tradição próximo de nós esclarecida pelo surrealismo, imemorial, dinâmica, abrindo para trás e para diante, única maneira de entender-se uma tradição...».
Para além dos poemas de Forte, o livro está enriquecido com ilustrações e fotografias de Aldina, mulher do Poeta.
É também deste Autor o livro de poesia infantil «Uma rosa na tromba de um elefante», reeditado no final do ano passado e igualmente ilustrado por Aldina.

Aqui fica um excerto do poema «O poeta em Lisboa», que muito aprecio:

Quatro horas da tarde
O poeta sai de casa com uma aranha nos cabelos.
Tem febre. Arde.
E a falta de cigarros faz-lhe os olhos mais belos.

Segue por esta, por aquela rua
sem pressa de chegar seja onde for.
Pára. Continua.
E olha a multidão, suavemente, com horror.

Entra no café.
Abre um livro fantástico, impossível.
Mas não lê.
Trabalha - numa música secreta, inaudível.


.








quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

PENSAR LISBOA, COM QUEM SABE

Não há muitos contributos válidos sobre o que deverá ser Lisboa no futuro.
Neste cenário deprimente, o Arquitecto Manuel Graça Dias tem o enorme mérito de ter publicado o seu pensamento sobre o futuro da cidade de Lisboa na entrada do 3º milénio.
A Parceria teve o privilégio de publicar o seu livro «Passado Lisboa Presente Lisboa Futuro», num arranjo gráfico distinto, com duas capas e dois miolos justapostos, que inclui visões da cidade de Melo de Matos, Fialho D'Almeida e de Reinaldo Ferreira publicadas no início do século passado e a sua própria, virada para o nosso futuro.
Livro de leitura essencial para todos os que têm poder de decisão na cidade e que abre os horizontes para uma discussão necessária e estruturante para um futuro pleno da cidade e para a sua humanização.
O Arquiteto oferece-nos um «contributo para o reencontro de novos caminhos de construção de um futuro urbano que todos desejaríamos mais amável, solidário e moderno».
O livro poder ser comprado no nosso sítio (www.parceriaampereira.pt) ou nas principais cadeias de retalho (por exemplo, FNAC, Bertrand, Bulhosa, BookHouse) e em centenas de livrarias espalhadas pelo País.


 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

OS GIRASSÓIS DE RUI HERBON

Será surpresa para alguns mas é um facto indesmentível: Rui Herbon é um dos jovens escritores portugueses mais premiados!
A Parceria tem o privilégio de ter editado inúmeras obras do Autor.
Falo-vos hoje de «Os girassóis». 
Diz Urbano Tavares Rodrigues no prefácio que «Este é, por certo, um dos mais originais romances que ultimamente li, insólito e complexo, invulgarmente rico de ideias e sentimentos».
O livro, acrescenta Urbano Tavares Rodrigues, «tem um final surpreendente e muito belo» e «poderá tornar-se em breve um livro de culto..., uma obra a descobrir incessantemente e com passaporte para o futuro».




Lista de prémio atribuídos ao Autor:

  • Prémio Eixo-Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa 2002, com o romance "Voar como os pássaros, chorar como as nuvens (um filme português)"
  • Prémio António Paulouro 2004, com o romance "Absinto (a inútil deambulação da escrita)"
  • Prémio Afonso Lopes Viera 2005, com o romance "Um eterno retorno"
  • Prémio Orlando Gonçalves 2005, com o romance "Um eterno retorno"
  • Menção Honrosa no Prémio Alves Redol 2005, com o romance "Um eterno retorno"
  • Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal 2007, com o livro de contos "A preto e branco"
  • Prémio Maria Matos 2007 de Dramaturgia, com a peça "Masoch"
  • Prémio Literário Cidade de Almada 2008, com o romance "O romper das ondas"
  • Prémio Literário Almeida Firmino 2008, com a colectânea de contos "Jogos de artifício"
  • Prémio Literário Branquinho da Fonseca (de Conto Fantástico) 2009, com "A chave"
  • Grande Prémio do Teatro Português (SPA/Teatro Aberto) 2010, com "O álbum de família"
  • Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal 2010, com o livro de contos "A febre dos dias"
  • Menção Honrosa no Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes 2011, com o romance "Mariana"
  • Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca 2012, com "O prazer dos estranhos"

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

FUTEBOL DE VETERANOS À QUINTA FEIRA

Como refere José Jorge Letria no prefácio de «Adágio, Romanza e Grave», Américo Brás Carlos «ao contrário de outros poetas, tem uma vida que se estrutura e afirma fora da poesia».
Lendo os poemas deste belo livro «...percebe-se que foi a vida que, na sua interioridade emocional e confessional, levaram Américo Brás Carlos a tornar-se poeta...», continua o ilustre prefaciador.
E logo acrescenta: «Não estamos, porém em presença de um capricho poético passageiro e inconsequente» já que o Autor revela «uma voz própria, pessoal e intransmissível que se detecta em vários poema desta colectânea».
Um dos meus poemas favoritos deste livro é o poema «Futebol de veteranos à quinta feira», que aqui se reproduz.

Buscando contra o tempo o nosso graal
acreditamos, enganados por instantes
que as jogadas espectaculares, mirabolantes
e aquele golo putativamente genial
marcado entre roturas e distensões,
têm o mesmo brilho que tinham dantes
e fazem o delírio de milhões.

Fintando Cronos, obstinados, com peneiras,
anda por aqui um anúncio de eternidade.
Sexagenários jogam todas as quinta-feiras,
lutando com arreganho e com vaidade
contra as suas eternas companheiras:
- As mazelas da "puta da idade".

É tal a loucura com sentido,
a paixão à solta em desafogo!
Que se tudo fosse compreendido
e os termos também fossem certeiros.
os segundos que dura o jogo
chamar-se-iam primeiros.

- Até quinta companheiros!






sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A. VICTORINO D'ALMEIDA NA PARCERIA

Todos conhecemos o famoso António Victorino D'Almeida. E conhecemos sobretudo a sua faceta de melómano e maestro.
Pois para quem não sabe, António Victorino D'Almeida é também escritor e homem de letras.
Prova cabal é o seu livro de 1968, editado pela Parceria A. M. Pereira, intitulado sugestivamente «Histórias de lamento e regozijo».
Neste irreverente livro mostra muitas qualidades: a fluência de ideias, a temática incisiva, o sentido aguda da observação, o estilo com o seu quê de cinematográfico, o traço vincado da caricatura e, sobretudo, a profunda humanidade que se desprende destas histórias.
Surpreendentemente (ou talvez não), o livro logrou escapar à censura.







segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

UMA ROSA NO JORNAL DE LETRAS

A re-edição do livro de António José Forte (ilustrado por Aldina) «Uma rosa na tromba de um elefante» mereceu a recensão do prestigiado «Jornal de Letras».
Diz o JL que «Aqui, há um cavalo com um rabo cor de burro quando foge; uma pulguinha a quem deram o nome de Dançarina; um arco-íris que é uma borboleta gigante; uma abóbora-menina; e muitas bicicletas porque, para o autor, são os automóveis dos poetas».
O livro estava esgotado há muitos anos, foi agora re-editado e está disponível nas principais livrarias, como se pode ver na foto infra em que aparece o livro em destaque na FNAC de Cascais.






sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

CARTAS DE CAMILO A ANTÓNIO MARIA PEREIRA

Como já aqui tínhamos escrito, Camilo é um escritor da casa. 
Com efeito, a Parceria editou-lhe imensas obras e a «Colecção Camiliana» incluía 80 volumes!
Camilo escreveu inúmeras vezes a António Maria Pereira.
Na comemoração do 125º aniversário da Parceria (em 1973), o ilustre camiliano Alexandre Cabral coligiu as cartas de Camilo ao seu editor, numa edição esgotada há muitos anos.
A primeira carta data de 21 de Janeiro de 1861 e nela Camilo propõe a venda do seu romance «A fidalga dos Olivais», por 25 libras. 
Relembre-se que nessa altura, Camilo estava preso na cadeia da Relação do Porto, respondendo pelo crime de adultério.
Como Camilo nunca publicou um romance com este título, Alexandre Cabral entende que se trataria antes do livro «Romance dum homem rico» e que a Fidalga dos Olivais afinal seria a «infeliz e volúvel amorosa Leonor» daquele romance.








quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PELO ORIENTE, COM WENCESLAU

Wenceslau de Morais foi escritor ilustre e Cônsul de  Portugal em Hiogo, Kobe e Osaka, no Japão.
Perfeitamente identificado com o Japão e casado com uma japonesa era muito querido no Japão onde era conhecido por «Senhor Portugal».
Wenceslau de Morais era considerado uma das máximas autoridades no conhecimento  da natureza dos japoneses.
A Parceria editou toda a sua obra, nomeadamente, o livro «Traços do extremo oriente», editado em 1971, de leitura muito agradável.






terça-feira, 6 de janeiro de 2015

FÉRIAS COM SALAZAR (FAC-SIMILE)

A Parceria A M Pereira editou, em 1952, o famoso livro de Christine Garnier «Férias com Salazar». Editado originalmente pela Grasset & Fasquelle, com fotos de Rosa Casaco, o livro pretende ser um documento humano (e não político).
Dado o livro estar esgotado há longos anos, a Parceria promoveu uma edição fac-simile em 2009 (que se pode adquirir nas principais livrarias ou no nosso sítio).
O livro continua a merecer uma leitura e uma reflexão ponderada e sem radicalismos, já que nos dá conta do que foi o nosso passado relativamente recente.