quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O TORNA-VIAGEM

Os Portugueses descobriram que transportar pipas de vinho nas caravelas que rumavam ao Brasil aumentava a qualidade dos vinhos, por comparação com os vinhos que não saiam da adega.
Estes vinhos eram conhecidos por «torna-viagem», terminologia que também se aplicou a Portugueses que emigravam à procura de melhor sorte e voltavam mais tarde (com ou sem a fortuna).
Também o livro de hoje é um verdadeiro «torna-viagem». 
Escrito pelo mui ilustre Guerra Junqueiro, esta 3ª edição de 1893 da Parceria António Maria Pereira, viajou de Lisboa para Pelotas, Estado de Porto Alegre e por lá ficou mais de 120 anos até ser resgatado por mim num sebo (alfarrabista) brasileiro este ano.
Mais um belíssimo exemplar que regressou a casa e que poderia ter sido vendido, em 1893, com uma garantia de 120 anos!



 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

NUMA FNAC OU BERTRAND PERTO DE SI

As novidades desta quadra já chegaram às FNAC e Bertrand de todo o País, como podem confirmar nas fotos infra.
Estes interessantes livros (as segundas edições de «Uma rosa na tromba de um elefante» e «As mensagens da Mensagem») estão agora a um passo dos leitores e constituem excelentes sugestões para ofertas de Natal.
Constitui para nós um ponto de honra que os nossos livros estejam, igualmente, distribuídos por centenas de pontos de venda em todo o continente e ilhas.
Os nossos leitores fora do País poderão adquirir os livros online no nosso sítio (www.parceriaampereira.pt) e nós fazemos chegar os livros a qualquer ponto do globo.



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

FALEMOS DE FLORES

Decorreu no passado dia 25 a apresentação do segundo livro de poesia de Américo Brás Carlos.
O magnifico e central Auditório do Cofre de Previdência (na Rua do Arsenal, ao lado do Tribunal da Relação) acolheu a sessão, numa cortesia do Dr Américo Tomé Jardim, a quem muito agradecemos.
Esteve presente a Dra. Teresa Carvalho, da Universidade de Coimbra, que analisou a obra que amavelmente prefaciou.
A foto infra testemunha a sessão.
Diz a prefaciadora que «Este é um livro de límpido e envolvente lirismo, que sabe dar atenção às coisa simples, que é na poesia e fora dela às vezes o mais difícil, e às palavras que as dizem: chuva, rio, sol, terra, fruto, mãos, aves, pele - eis o léxico fundamental de Américo Brás Carlos».
A primeira edição está quase esgotada e vamos preparar uma segunda edição.

Deixo-vos um poema deste livro que muito me encanta:

REPONTO DA MARÉ

Não pára este frio
que me gela a cara
e o meu precário ânimo
Será pueril mas é verdade:
Basta um riso teu
e será o sol.

O reponto da maré por que anseio,
com o teu perdão, talvez fingido, pelo meio.



terça-feira, 18 de novembro de 2014

MENSAGEM, ANOTADA E COMENTADA

A Parceria A. M. Pereira orgulha-se de ter publicado a «Mensagem» de Fernando Pessoa, em 1934. Foi de resto, o único livro publicado em Português em vida do Poeta (está em venda a edição fac-simile, com uma dedicatória do Poeta ao Editor).
Temos, igualmente, muito orgulho em apresentar a 2ª edição da obra de Nuno Hipólito intitulada «As mensagens da Mensagem», cuja 1ª edição estava esgotada há anos.
Esta obra constitui uma aprofundada, inovadora e indispensável análise do texto essencial de Fernando Pessoa.
Um livro que se lê com muito prazer e utilidade e que se tornou uma ferramenta crucial para os apreciadores de Fernando Pessoa e para os todos os que se iniciam na leitura do Poeta.
O livro estará disponível, a partir do dia 26 de Novembro, nas principais livrarias do País (incluindo as FNAC, Bertrand, Bulhosa e El Corte Inglês) e online no nosso sítio (www.parceriaampereira.pt) e na Wook.
Nuno Hipólito dirigirá uma Coleção Pessoana, a editar trimestralmente, e de que daremos notícias em breve.






segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CHEGA DIA 26 ÀS LIVRARIAS DE TODO O PAÍS

Esgotado há muitos anos, chegará, no dia 26 de Novembro, às livrarias de todo o País a nova edição do livro «Uma rosa na tromba de um elefante».
Trata-se dum livro singular e muito conseguido: não é todos os dias que um Poeta com o prestígio e qualidade de António José Forte escreve um livro de poesia vocacionado para crianças e jovens, magnificamente ilustrado pela sua mulher Aldina.
A edição é muito cuidada, com capa dura e num papel com boa gramagem. Em suma, uma obra de referência numa boa biblioteca. 
Aqui fica um excerto que muito aprecio:

Um cavalo tinha um rabo
cor de burro quando foge

mas o cavalo não sabia

e ele corria
sem comer e  sem dormir
toda a noite e todo o dia

até que por fim cansado
caiu e assim ficou

e logo nesse momento
a cor do rabo mudou

e agora o que ele tem coitado
é um rabo
da cor de burro deitado



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AS FLORES BRANCAS DO FRANGIPANI

Tenho o prazer de conhecer Américo Brás Carlos há mais de 25 anos. Jurista e autor de inúmeros livros, guias e artigos sobre fiscalidade, estreou-se na poesia em livro em 2012 com Adágio, Romanza e Grave (segunda edição em 2014).
Este ano lançou novo livro de poesia com o título As flores brancas do frangipani, o qual conta com prefácio da Professora Doutora Teresa Carvalho e que mereceu recensão elogiosa da referência poética que é A. M. Pires Cabral.
Este livro será lançado no próximo dia 25, às 19:00 horas, no Auditório do Cofre de Previdência, na Rua do Arsenal, Letra E, junto à Praça do Município (em Lisboa).
Honram-nos com a sua presença, neste evento, a Prefaciadora e o Autor, que autografará o livro.
Estão naturalmente convidados para estar presentes.
Aqui fica um excerto do livro que aprecio particularmente:


O MAR DOS DIAS

Aqui, frente ao mar, acerto as contas
de parcelas antigas
e outras ainda por somar.

Vem a espuma da onda e lava.
E volta e volta a lavar.

E o mar que não se cansa,
nem eu me canso do mar.






quarta-feira, 5 de novembro de 2014

UM LOGÓTIPO QUE MUITO NOS HONRA

As empresas vão evoluindo com o correr dos tempos e atualizam os seus logótipos ou «sinais distintivos», para usar a linguagem do velho Código Comercial.
Desde 1848, a Parceria A. M. Pereira utilizou vários logótipos.
Com referência a todos os logótipos usados ao longo dos últimos 165 anos, desafiámos, no ano passado,  o notável Arquiteto Álvaro Siza Vieira para definir o novo logótipo da empresa.
O nosso receio era que não tivesse interesse num desafio desta natureza. 
Para nossa surpresa e enorme contentamento, aceitou o desafio e criou-nos o logótipo infra, que muito nos honra e distingue.
É um privilégio inultrapassável ter o nosso logótipo redesenhado por tão extraordinário Arquiteto e homem de cultura e aqui fica expressa a  nossa eterna gratidão.



terça-feira, 4 de novembro de 2014

CANCIONEIRO DE COIMBRA, UMA REEDIÇÃO NECESSÁRIA

Coimbra tem inspirado muitos poetas ao longo dos tempos. 
Encontramos versos sobre a cidade em Garcia de Resende, Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Cristóvão Falcão, Sá de Miranda, Luís de Camões, Bocage, Almeida Garrett, Tomás Ribeiro, Teófilo Braga, Antero de Quental, Camilo Pessanha, António Nobre e Afonso Lopes Vieira, para citar apenas alguns.
A Parceria A. M. Pereira editou o «Cancioneiro de Coimbra» em 1917, com direcção de Afonso Lopes Vieira. A obra foi reeditada em 1971 e encontra-se, naturalmente, esgotada.
A sua reedição está nos nossos planos porque uma obra assim faz muita falta às novas gerações e a todos os que viveram ou vivem em Coimbra.
Aqui fica um excerto de António Homem de Melo:

Já na rua da Calçada
Vi uma pedra a chorar
Por tu passares por ela
E fugires de a pisar.

Inês, Senhora das Lágrimas,
Tu choraste tanto, tanto,
Que hoje a Fonte dos Amores
Ainda verte o teu pranto.

Teu seio é uma arrufada
E um manjar branco o teu rosto;
Comê-los todos com beijos
É que era todo o meu gosto.

Meu amor é quintanista,
Quintanista de Direito;
Traz uma pasta na mão,
Mas a mim traz-me no peito.







segunda-feira, 3 de novembro de 2014

AS MENSAGENS DA MENSAGEM

A «Mensagem» foi o único livro de Fernando Pessoa publicado em vida do Poeta. A Parceria A. M. Pereira teve o privilégio de o editar em 1934.
Apesar de ser um livro pequeno, tem uma dimensão e um significado enorme para todos os Portugueses (não por acaso, o primeiro título do livro foi «Portugal»).
Nuno Hipólito é um estudioso de Fernando Pessoa e tem dedicado muito do seu tempo à análise da obra do Poeta. É ele o autor do livro «As mensagens da Mensagem», editado em 2007 e esgotado há inúmeros anos.
Para além de ser um obra de referência para os Pessoanos, é, também, uma referência inestimável para os admiradores do Poeta e uma ajuda preciosa para os que se debruçam sobre o seu livro num primeiro contacto ou por razões académicas.
Descubra este livro essencial para os Portugueses ou alcance um novo patamar de conhecimento sobre a obra, guiado pela mão segura de Nuno Hipólito.
A segunda edição deste livro vai ser editada em Novembro e é verdadeiramente a única edição anotada e comentada da «Mensagem».
A capa utiliza uma fotografia de Fernando Fortes, que muito agradecemos.








segunda-feira, 27 de outubro de 2014

EÇA E O MISTÉRIO DO SEU LOCAL DE NASCIMENTO

O nascimento de Eça é, em si mesmo, um romance.
Dividem-se os queirozianos entre o seu possível local de nascimento (Póvoa de Varzim ou Vila do Conde).
No interessante livro de Manuela de Azevedo, editado, em 1969, pela Parceria A. M. Pereira são trazidos à luz interessantes factos e argumentos que apontam para a possibilidade de o seu nascimento ter ocorrido em  Vila do Conde e para um «pacto de silêncio» de 150 anos sobre tal evento, a contar do seu nascimento.
O livro faz ainda um curioso, bem documentado e muito interessante cotejo de proximidades e coincidências nas vidas de Eça e Camilo, incluindo a proximidade física entre Santa Cruz do Douro de «A cidade e as serras» e o Lodeiro do famoso romance «Fanny Owen».



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

NO PRELO, MESMO A CHEGAR!

Quando se junta o génio poético de António José Forte a ilustrações muito conseguidas da sua mulher Aldina Costa, o resultado é «Uma rosa na tromba de um elefante».
É este o título dum magnifico livro de poemas para crianças e jovens que foi editado pela Parceria em 2001 e há longos anos esgotado (o meu exemplar custou 50€ num alfarrabista).
É com o maior prazer que informamos que está já no prelo a reedição desta magnifica obra, numa edição limitada a 500 exemplares de capa dura.
Se ainda não sabem o que oferecer a uma criança ou jovem no Natal, ponderem oferecer este livro: um livro único, com tiragem limitada, com um acabamento de qualidade, em resumo, um livro que se valorizará e deixará uma marca indelével em quem o ler.
Aqui vos deixo um excerto de que gosto particularmente:

A torre de Pisa
em Itália
como qualquer torre
não fala

Inclina-se
para a frente
e cumprimenta
a gente

Não é como
a torre de Belém
que não cumprimenta
ninguém






quarta-feira, 22 de outubro de 2014

IM MEMORIAM DE EÇA

Um dos meus livros preferidos da Parceria é o «In memoriam de Eça de Queiroz», publicado em 1922.
Trata-se dum livro em homenagem a Eça de Queiroz, falecido em 1900.
O livro foi coordenado por Eloy do Amaral e Cardoso Martha.
De Eça disse Emile Zola: «Os Portugueses têm um grande escritor, como a França conta poucos. É o vosso Eça de Queiroz».
Neste merecido livro de homenagem encontramos depoimentos de  ilustres admiradores do escritor, como, por exemplo, Afonso Lopes Vieira,Câmara Reys, Teophilo Braga, Raul Brandão, Miguel de Unamuno e Forjaz de Sampaio.
A melhor homenagem que lhe poderemos fazer será sempre a leitura dos seus textos, enormemente apreciados pelos milhões de leitores da Língua Portuguesa.




segunda-feira, 20 de outubro de 2014

SEXO E SENSUALIDADE EM EÇA DE QUEIROZ

O Arquitecto A. Campos Matos é um distinto e reconhecido queiroziano e todos os seus textos sobre Eça atingem um patamar notável.
Isso mesmo acontece com a interessante monografia com o título em epígrafe, edição de autor, agora comercializada pela Parceria A. M. Pereira, e da qual restam poucos exemplares.
Este ensaio é uma incursão pormenorizada numa áreas das mais originais e ricas da narrativa queiroziana.
Eça compreendeu, muito antes de Freud, a importância do sexo e dos sonhos na vida do homem.
O texto é enriquecido por magnificas ilustrações do Arquitecto Rui Campos Matos, com um traço inimitável e original, algumas  das quais a cores.
O livro esgotará em breve mas ainda poderá ser comprado através do nosso sítio www.parceriaampereira.pt 






sexta-feira, 17 de outubro de 2014

AMÁLIA, A DIVINA VOZ DOS POETAS E DE PORTUGAL

O nome de Amália, conhecida em todo o mundo como embaixadora do Fado, está indissociavelmente ligada à divulgação de alguns dos melhores Poetas portugueses, desde os primórdios da Poesia medieval aos nossos dias. 
Ao cantar poemas eruditos num formato de canção popular, permitiu que estes textos fossem conhecidos muito para além do público apreciador de poesia. 
Com efeito, ao cantar poemas de Bernardim Ribeiro, Luís de Camões, Castilho, Guerra Junqueiro, Almada Negreiros, Pedro Homem de Melo, José Régio, Vasco de Lima Couto, Sebastião da Gama, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neil, Manuel Alegre e Ary dos Santos, Amália muito contribuiu para a divulgação da Poesia portuguesa.
No livro hoje em referência, Rui Martins Ferreira, afilhado da cantora, analisa estas ligações entre a Diva do fado português e os Poemas que surgem nas suas canções, lançando luz sobre estes aspectos menos conhecidos da sua vida.


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

QUEM SE LEMBRA?

Na biblioteca municipal que eu frequentei havia muitos livros da Parceria A. M. Pereira.
Lembro-me muito bem, em particular, dos livros de capa vermelha, de percalina. A percalina é um tecido forte de algodão, lustroso e sem pelo, usado em encadernações de livros.
Este material resiste muito bem ao uso e ao tempo como o prova a imagem dum livro de 1873. No caso concreto, o livro de Camillo Castello Branco «Noites de Lamego», cuja segunda edição data de 1873.
É caso para dizer que a Parceria faz livros com mais de 100 anos de garantia!






quarta-feira, 15 de outubro de 2014

EÇA E RAMALHO PELA ESTRADA DE SINTRA

Eça e Ramalho pretenderam com este romance «acordar a berros, num romance tremendo, buzinado à Baixa das alturas do Diário de Notícias, a Lisboa amodorrada desses tempos»...
É um livro de características únicas na Literatura Portuguesa: é o primeiro romance policial português, é a primeira incursão na ficção literária de Eça, é o primeiro livro de dois autores - e logo de dois dos maiores vultos da nossa literatura do século XIX- e nele surge, pela primeira vez, o célebre Fradique Mendes, «alter ego» de Eça e que, mais tarde, terá produção literária própria.
O livro foi publicado no Diário de Notícias entre 24 de Julho e 27 de Setembro de 1870 e foi publicado em livro pela Parceria A. M. Pereira nesse mesmo ano.
A Parceria viria a publicar uma segunda edição, revista por Eça de Queiroz, em 1885. Em 1894, a Parceria lança uma terceira edição, ainda em vida de Eça de Queiroz, com alterações pontuais à segunda edição.
Em 1902, a Parceria publicou uma quarta edição, muito alterada por Ramalho Ortigão, a que se podem levantar questões de legitimidade.
A Parceria voltou a editar «O mistério da Estrada de Sintra» em 2005, adoptando a edição de 1885. Esta edição, a primeira ilustrada, define o verdadeiro cânone e é muito enriquecida pelo preâmbulo do reconhecido queiroziano A. Campos Matos.

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

LEMBRANDO MARIA ARCHER

A Parceria A.M. Pereira orgulha-se de re-editar Maria Archer, escritora de talento, famosa nos anos 30 e 40 do século passado e depois injustamente esquecida.
Maria Teresa Horta, autora do prefácio, indigna-se com este facto e clama: "...apagaram-na, ...afastaram-na, arrancaram o seu nome, pura e simplesmente, da História da Literatura Contemporânea Portuguesa...".
"Ela é apenas mulher", o seu mais famoso romance, escrito em 1944, era para a autora "um livro de dor, inquietação e fatalidade".
Como disse João Gaspar Simões: "um romance escrito de uma forma tumultuosa, o leitor é arrastado  de página para página sem saber porquê".




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A GUERRILHA LITERÁRIA ENTRE EÇA E CAMILO

Eça e Camilo são, de modos distintos, dois valores perenes da nossa literatura.
Editados ambos pela Parceria A.M. Pereira, nunca tiveram relações muito amistosas.
Numa análise pioneira e muito conseguida, o insigne queiroziano A. Campos Matos analisou as relações entre ambos e publicou o livro em referência.
O humor e a ironia dos extraordinários textos onde reciprocamente Eça e Camilo se avaliam tornam esta obra um divertido e inédito documento para quem se interessa pela literatura portuguesa do século XIX.
O livro inclui muitos excertos de correspondência de ambos com terceiros, muito interessantes e que de outra forma seriam de difícil acesso aos fiéis leitores de ambos.
De salientar ainda as menções a cartas inéditas de Camilo onde este exalta a amizade pelo pai de Eça de Queiroz (o Juíz de 1ª Instância J. Teixeira de Queiroz), que o visitou na cadeia e o aconselhou sobre o seu processo judicial.


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CAMILO, UM AUTOR MUITO NOSSO

A Parceria editou inúmeras obras de Camilo Castelo Branco e a famosa Colecção Camiliana de António Maria Pereira, com 80 volumes, foi muito celebrada. Esta colecção teve várias versões (mais sofisticadas ou mais populares, como os famosos livros de capa vermelha).
A sua relação com os 1º e 2º António Maria Pereira traduziu-se em muitas cartas, coligidas e anotadas pelo grande Camilianista Alexandre Cabral (noutro dia, falar-vos-ei deste livro).
Por estas razões, a Parceria tem re-editado as obras de Camilo Castelo Branco.
Estas re-edições são muito cuidadas e enriquecidas com a direcção e prefácio da Professora Doutora Maria Alzira Seixo e fixação de texto do Professor Doutor Sérgio Guimarães de Sousa.
É o caso do livro «Memórias do cárcere», cuja capa se reproduz infra.
Camilo, cujos infortúnios são conhecidos, foi o último português preso por adultério e sofreu no corpo e na alma a amargura do cárcere por motivo da sua paixão por Ana Plácido.
  

terça-feira, 7 de outubro de 2014

RUI CAMPOS MATOS DÁ VIDA AOS PERSONAGENS DE «OS MAIAS»

Está em exibição nos cinemas a versão cinematográfica de «Os Maias», de João Botelho. Trabalho aclamado pela crítica e sufragado pelo público.
A Parceria tem o privilégio de ter editado «Os Mais, Uma antologia ilustrada», pelo traço único e inconfundível do Arquitecto Rui Campos Matos.
Como refere Pedro Larsen no prefácio «Num traço dúctil, espontâneo, seguríssimo, ele detecta o essencial dos ridículos das personagens queirozianas, fazendo-nos reviver episódios e situações que havíamos esquecido e nos despertam depois, além do contentamento e da surpresa do reencontro a hilaridade do discurso desenhado».
Por este livro desfilam desenhos extraordinários de Maria Eduarda, da Baronesa de Craben, da Monforte, do Alencar, do Cruges, do Ega, da Cohen, da Gouvarinho, do Dâmaso Salcede, do Palma Cavalão, do Craft, do Eusébiozinho...!
Podem encontrar o livro à vendas nas principais livrarias ou no nosso sítio.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

ADÁGIO, ROMANZA E GRAVE

Tenho o grato prazer de conhecer o Poeta Américo Brás Carlos há mais de 25 anos e foi com o maior orgulho e satisfação que o convidei a publicar a segunda edição do seu «Adágio, Romanza e Grave» na Parceria.
Da sua poesia disse o Poeta A. M. Pires Cabral: «Gostos dos seus versos. Ao contrário de muita poesia contemporânea, fria, mecânica, desapaixonada, encontro neles emoção, no meu entendimento o ingrediente número um da poesia».
Acrescenta ainda o Poeta na sua recensão do livro: «Trata-se duma poesia adulta, a lembrar por vezes não apenas o referido Cesário Verde, e a sua poesia do concreto, mas também Vitorino Nemésio e Jorge de Sena».
O livro tem Prefácio de José Jorge Letria e Posfácio da Professora Doutora Ana Luísa Vilela.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O ADMIRÁVEL EÇA, POR ELE PRÓPRIO

A minha admiração pelo Eça é enorme.
Volto, inúmeras vezes, aos seus textos e encontro sempre o mesmo deslumbramento e encanto.
Os seus textos são intemporais e parecem escritos nos dias de hoje!
A Parceria teve o privilégio de publicar, recentemente, várias cartas de Eça de Queiroz, incluindo 2 cartas inéditas, com organização e notas do insigne queiroziano Arquitecto A. Campos Matos.
Uma delas é particularmente interessante e atual.
Vale bem a pena ler estas cartas e reflectir sobre elas.
O livro poderá ser adquirido nas principais livrarias ou no nosso sítio.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

80º ANIVERSÁRIO DA EDIÇÃO DA «MENSAGEM»


Completam-se, este ano, 80 anos sobre a publicação do livro »Mensagem» de Fernando Pessoa.
Foi o único livro, em Português, editado em vida do Poeta.
A sua publicação, em 1934, pela Parceria António Maria Pereira, era essencial para o Poeta concorrer ao «Prémio Antero de Quental», patrocinado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, dirigido por António Ferro.
O Poeta escreveu, pelo seu próprio punho, a seguinte dedicatória ao Editor:

«A António Maria Pereira, com um abraço de Fernando Pessoa»

Foi feita recentemente uma edição fac-similada deste exemplar com a dedicatória autógrafa do Poeta (ainda em venda).
Sairá, em breve, uma nova edição do livro de Nuno Hipólito dedicado a este livro incontornável da Poesia portuguesa e que tem como título «As mensagens da Mensagem», cuja primeira edição de 2007 estava, há anos, esgotada.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

PARCERIA A M PEREIRA, LITERATURA PORTUGUESA DESDE 1848

A Parceria António Maria Pereira é a mais antiga editora nacional, fundada por António Maria Pereira, em 18 de Agosto de 1848, em Lisboa.
A primeira obra editada (logo em 1848) foi «O mestre de Calatrava», um romance histórico da autoria de Ayres Pinto de Souza de Mendonça e Menezes.
A editora teve o privilégio de editar obras dos maiores escritores portugueses, destacando-se Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Pinheiro Chagas, Guerra Junqueiro, Latino Coelho, Raúl Brandão, Trindade Coelho, Oliveira Martins, Teófilo Braga, Júlio Dantas e Wenceslau de Morais, entre muitos outros.
 A Parceria foi a única a editar Fernando Pessoa em vida, com a obra «Mensagem», publicada em 1934.
Reconhecida pela qualidade das suas edições, uma das suas obras de referência (O Minho pitoresco, de 1887) foi justamente considerada por Artur Anselmo como «uma das obras mais perfeitas da edição portuguesa de todos os tempos».